sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O q eles diziam sobre o futuro da tecnologia em 1993 filmes da AT&T

Este vídeo é um compilado de comerciais da AT&T veiculados no ano de 1993. A campanha fantasiava o que seria a tecnologia da comunicaçao no futuro - fornecida, é claro, pela empresa. A dica é do Geekologie.

Bradesco lança primeiro aplicativo brasileiro com realidade aumentada para iPhone


O Bradesco irá lançar em breve o primeiro aplicativo brasileiro com realidade aumentada para iPhone. Intitulada “Presença”, a nova assinatura da marca, a ferramenta ajuda a encontrar os pontos de atendimento do banco mais próximos de acordo com a sua localização.

O vídeo abaixo é uma demonstração do aplicativo. No começo tudo normal, mas a coisa começa a ficar interessante a partir de 1m50s. Ao levantar o iPhone, os pontos localizados são mostrados no horizonte, indicando o caminho que o usuário deve seguir em tempo real.

Com criação da Insula/NeogamaBBH, e produção da Maya, o aplicativo promete funcionar em todo o Brasil.



Fonte: Brainstorm9

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Instituto Presidente João Goulart têm TWITTER

O Instituto Presidente João Goulart agora têm TWITTER.



Agora é possível seguir notícias e atividades em tempo real do Instituto. Para quém estiver interessado pode compiar e colar este endereço no TWITTER.

http://twitter.com/InstitutoJG

Em Brasília desde ontem:


Passando rapidamente para comunicar que estou em Brasília com a missão de elaborar o planejamento do Página 64. No momento é tudo que posso lhes informar porque algumas informações são sigilosas. Contudo terei bastante trabalho por aqui.
Maiores novidades mais adiante.

sábado, 19 de setembro de 2009

Seminário discutiu desdobramentos do Governo Militar



O Seminário 1964-2009: 45 ANOS DO GOLPE, promovido pelo Grupo de Pesquisa História da Mídia (GPHM), da Unipampa e pelo Instituto Presidente João Goulart (IPG), em São Borja, abriu nesta quinta-feira, 17, com a exibição do documentário "1964: 40 anos depois", extensivo do projeto de extensão Sessão Pipoquinha e que reúne quinzenalmente pessoas interessadas em cinema para sessões de filme e discussões temáticas. No auditório da Câmara de Vereadores de São Borja, cerca de 200 pessoas prestigiaram o evento, que contou com mais de 70 delas inscritas antecipadamente, um público que correspondeu à expectativa dos organizadores, segundo a professora Mara Ribeiro, uma das integrantes do grupo de pesquisa.

A pluralidade temática que compôs a mesa foi destacada pelo professor Marcelo Rocha, mediador do debate, que contou ainda com a explanação da professora Cárlida Emerim, do Grupo de Pesquisa História da Mídia, sobre a produção televisual documental. O professor Ronaldo Colvero, da UNIPAMPA, traçou uma contextualização política e social do período do golpe e Christopher Goulart, do Instituto Presidente João Goulart (IPG), destacou o legado de João Goulart na atualidade e afirmou ser este um importante divisor de águas na república do Brasil.

Também prestigiaram o evento, professores da Universidade Federal do Pampa e Universidade Regional da Campanha, juntamente da Diretora da UNIPAMPA Campus São Borja, professora Denise Silva e do Presidente da Câmara de Vereadores, o vereador Farelo Almeida.

Nesta sexta, 18, às seis da tarde, o evento terá uma palestra reflexiva com a historiadora Jandira Lopes, que contempla os desdobramentos da política do período e o publicitário do IPG, João Alexandre Goulart, que discutirá a propaganda ideológica do regime militar.

Luana Raddatz para Assessoria de Comunicação
Luana Lobato Raddatz

Bolsista de Extensão
Voluntária na Assessoria de Comunicação
Universidade Federal do Pampa
Fone:+5196461712

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Fui para São Borja


Dias 17 e 18 de setembro participo da exibição do documentário sobre o Golpe de 64 e debate em São Borja, na Câmara Municipal, as 18 horas. João Também apresento e deixo a disposição da UNIPAMPA/São Borja minha monografia de conclusão de curso chamada "Patrocinadores do Golpe, a propaganda conspiradora. Como e quando se derruba um presidente da República com Propaganda Ideológica".

Volto dia 20, dia 21 vou para Brasília

Abraços a todos

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Professores, recebam meus agradecimentos!!!


Revista Pucrs Edição nº 146
Setembro-Outubro/2009

Quero agradecer e dividir este crédito com meus amigos/professores que tornaram possível este trabalho.
E o farei mais uma vez e sempre que eu puder, colocando meus agradecimentos que constam dentro da minha monografia. Estas palavras retratam o orgulho e carinho que tenho por vocês minhas grandes referências acadêmicas e amigos.

Me refiro a Profª. Dr.ª Silvia Koch / Profª. Me. Glafira Bartz / Prof. Dr. Luciano Klöckner.

"Agradeço a importantes pessoas pela contribuição direta na
construção desta monografia.

À professora Silvia Koch, pela orientação e dedicação nas discussões
teóricas – avaliação que subsidiou novas reflexões e construções em minha prática
pedagógica – e por ter sido companheira na orientação desta monografia, bem como
ser detentora de um vasto conhecimento nas demais disciplinas cursadas e
fundamentais para a concretização deste estudo.

À professora Glafira Bartz – cuja postura como professora sempre admirei –
por me mostrar na prática que os alunos se desenvolvem mais e melhor quando são
valorizados. Esteja certa, minha amiga professora, que hoje, além de levar como
exemplo suas qualidades, a senhora passa a ser minha grande referência na
admiração pela disciplina de Relações Públicas.

Ao amigo professor Luciano Klöckner, pelo incentivo a novos projetos que
considero sonhos a serem realizados após minha passagem pela FAMECOS.
Receba minha gratidão pela disposição e parceria para futuros projetos, os quais
estarão certamente possibilitados a partir deste estudo.

Finalmente, saliento com orgulho, minha satisfação em apresentar o resultado
deste estudo aos qualificados representantes dos cursos de Publicidade e
Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo, membros dessa banca".

http://www.pucrs.br/revista/pdf/0146.pdf#page=28

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AINDA SOBRE A MONOGRAFIA:

Dias 17 e 18 de setembro participo da exibição do documentário sobre o Golpe de 64 e debate em São Borja, na Câmara Municipal, as 18 horas. João Alexandre Goulart apresenta e deixa a disposição da UNIPAMPA/São Borja sua monografia de conclusão de curso chamada "Patrocinadores do Golpe, a propaganda conspiradora. Como e quando se derruba um presidente da República com Propaganda Ideológica".

Coca-Cola Zero cria atração ao vivo na internet, hoje, a partir de 17h30



Iniciada no último mês de maio, a campanha interativa DSPCCZ (Departamento Secreto de Pesquisas Coca-Cola Zero) da Coca-Cola terá continuidade hoje, exatamente às 17h30 (horário de Brasília), com uma atração ao vivo no site cocacolazero.com.br/prove

Os personagens da iniciativa, pessoas capazes de provar que o impossível é possível, retornam para participar de provas escolhidas pelos visitantes do site. Enquanto a ação não começa, os usuários podem acompanhar as sessões de treinamento dos participantes.

A criação é da Gringo, com produção da colmeia e Estúdio Mellancia.

Por Carlos Merigo / Fonte: Brainstorm9

3 meses de vida e 330 acessos:


Pode não parecer muito, mas para mim é de grande importância.

Quero manifestar minha gratidão e elogíos que recebo referente ao conteúdo deste Blog "O PUBLICITÁRIO".

Este endereço, "talentoescondido" existe desde 2007, porém funcionando de forma ativa desde Julho deste ano, em média venho tendo 100 acessos por més e como blogueiro de primeira viágem fico muito feliz com os resultados obtidos.

Desde minhas primeiras postágens procurei misturar um pouco do pessoal com assuntos do mundo da Publicidade e Propaganda bém como das profissões que envolvem a Comunicação Social, servindo ainda que como "um pequeno portal de notícias relacionadas", procuro a cada dia trazer novidades e curiosidades que possam ser úteis ou que sirvam como passatempo aos leitores.

Ainda que novo neste mundo blogueiro, assumo o compromisso com o leitor de levar acima de tudo o compromisso e a qualidade das informações postadas e processadas, sejam de otros meios com suas referentes fontes devidamente registradas ou postágens elaboradas por mim mesmo.

Sobre o Blog "O PUBLICITÁRIO" posso lhes afirmar que caminhará futuramente para a consolidação de uma estrutura mais sólida na criação de um portal de Comunicação Social, onde a abrangência dos os assuntos que envolvem as profissões relacionadas, terá maior campo de interação, informação e pesquisa com seu público.

Que meus agradecimentos cheguem a todos os internautas que por algúm motivo por aqui transitam em busca de novidades e de informação.

Att

João Alexandre Goulart

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cada um conta o que quer contar


Muitos leitores devem ter notado que a TV Globo passou as duas últimas semanas celebrando o aniversário de 40 anos do Jornal Nacional. Desde a sua criação, o telejornal global é, de longe, a principal fonte de informação de milhões de brasileiros.

Bonner e Fátima Bernardes fizeram questão de nos lembrar das tantas glórias conquistadas pelo JN e pelo jornalismo da emissora. Matérias intermináveis - intermináveis mesmo, de quase 15 minutos - exaltaram os feitos do telejornal. Os mais antigos repórteres (os que certamente melhor cumprem ordens do patrão) foram chamados à bancada e, ao vivo, recordaram as coberturas dos fatos que marcaram a história recente do país.
Telespectadores desavisados, desconhecedores de episódios importantes da vida nacional, talvez até tenham ficado com lágrimas nos olhos.

É fato incontestável que o Jornal Nacional consolidou-se desde a década de 1970 (estreou em 1969) como símbolo do poder das Organizações Globo. Com uma estrutura quatro, cinco ou seis vezes maior do que os telejornais de suas concorrentes, ainda hoje bota medo na maioria dos políticos, que temem ser alvos de abordagens, digamos, pouco simpáticas. Quando as menções são positivas, aí é só festa. Dá até pra pensar em vôos mais altos. Símbolo maior desse poder é o fato de seu lobista-chefe ser chamado de "senador" nos corredores do Congresso Nacional. Sem nunca ter sido candidato nem eleito para cargo algum, desfruta de poderes que nenhum parlamentar possui.

O JN tem todo o direito de comemorar o que bem entender. Aliás, a Globo é perita em se auto-promover. Já fez isso em diversas ocasiões e continua a fazer com competência, posando de defensora da cultura nacional e da liberdade de expressão, além da já manjada face "solidária" que os Crianças Esperanças da vida buscam construir.

O perigo iminente disso tudo é que, em um país pouco conhecedor da biografia de seus meios de comunicação, corre-se o risco de reescrever a história. O temor não se faz em vão: como historiadores cansam de afirmar, a memória coletiva muitas vezes é fruto do legado dos mais fortes.

Mas voltemos ao nosso tema. Como era previsível, o JN tratou de lembrar das tantas ocasiões nas quais noticiou fatos da vida política, econômica, cultural e esportiva do país.

Esqueceu-se, no entanto - e ao acaso isso não pode ser creditado -, de recordar os momentos em que o telejornal global foi ele mesmo sujeito da história.

Ficou de fora da retrospectiva, por exemplo, que o surgimento e fortalecimento da TV Globo deu-se a partir de um acordo ilegal com o grupo estrangeiro Time-Life, que foi inclusive objeto de CPI no Congresso Nacional.

Esqueceram de dizer que a emissora foi criada e se fortaleceu com o apoio decisivo dos sucessivos governos militares. E que seu jornalismo, em especial o JN, ignorou solenemente as torturas, os desaparecimentos e as mortes dos que lutavam contra a ditadura, como se não tivessem acontecido.

O resgate histórico deixou de lado a tentativa de ignorar o movimento pelas eleições diretas nos primeiros anos da década de 1980, assim como a participação da emissora na tentativa mal sucedida de fraude nas eleições para o governo do Rio de Janeiro, com o objetivo de evitar a posse de Leonel Brizola.

A memória seletiva igualmente deu conta de apagar a participação decisiva do JN na eleição de Fernando Collor em 1989, quando a emissora editou de forma canalha o último debate entre Collor e Lula, além de utilizar contra o candidato petista as acusações lunáticas de sua ex-mulher e o seqüestro do empresário Abílio Diniz.

Nos anos seguintes, de forma nem um pouco sutil, foi linha de frente na consolidação da idéia - hoje comprovadamente furada - de que o neoliberalismo e a privatização de empresas estatais eram o único caminho a seguir, impulsionando a eleição e reeleição de FHC à Presidência.

Há ainda uma série infindável de episódios mais recentes que poderiam ser acrescentados à lista, como a cobertura favorável ao tucano Alckmin nas últimas eleições presidenciais. Ao contrário de outras tentativas, a tática não deu certo, graças à multiplicação das fontes de informação e, quem sabe, ao aumento da consciência política das classes menos favorecidas.

Fato é que, ao longo de toda a sua história, a Globo consolidou-se como os olhos e ouvidos da atrasada elite brasileira, cerrando fileiras contra movimentos sociais e quaisquer políticas distributivas. Em Brasília, seu "senador" é sempre recebido com afagos. Tapetes vermelhos se estendem aos seus pés. E assim, políticas que visam democratizar as comunicações do país são enterradas antes mesmo de nascerem.

É normal, compreensível até, que o JN tente recontar a sua própria história. O que não pode acontecer é que a história não contada por ele seja esquecida por nós.

Por Diogo Moyses


Diogo Moyses é jornalista e radialista especializado em regulação e políticas de comunicação, pesquisador do Idec - Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor e autor de A convergência tecnológica das telecomunicações e o direito do consumidor.
Fale com Diogo Moyses: diogomoyses@terra.com.br
Opiniões expressas aqui são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente estão de acordo com os parâmetros editoriais de Terra Magazine.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A história de um carrinho de supermercado:

Já paraou para pensar o que pode acontecer co um carinho de supermercado abandonado?

O curta de 10 min foi escrito e dirigido por Jesse Rosten, que por sinal fez um belo trabalho ao contar esta história na utilização dos planos de filmágem.

IBM patenteia controle remoto que envia posts direto para o Twitter


Quer que seus amigos na internet saibam o que você está assistindo na TV, em primeira mão? A IBM já pensou nisso e patenteou um controle remoto capaz de enviar mensagens para o Twitter, Facebook ou qualquer outra rede social assim que você ligar o aparelho.

A informação é do jornal norte-americano Triangle Business Journal, que ainda afirma que o super controle poderá tirar fotos da TV e enviá-las junto com mensagens pré-programadas ou escritas por você mesmo.

A patente foi feita no dia 14 de abril de 2009 e ainda não nenhuma previsão de lançamento do “controle turbinado”.

por Rafael Machtura. Fonte redação ONNE

http://msn.onne.com.br/tecnologia/materia/10293/no-seu-controle

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Christopher Goulart hoje no programa "Bibo Nunes Show"


Comunicado:

Christopher Goulart será entrevistado hoje 08/09 no programa “Bibo Nunes Show” ás 22h20min no canal 21 da Net ou Canal 48 da TV aberta. O programa também pode ser visto pela internet, para isso basta entrar no site http://www.ulbratv.com.br/ Para tal, é necessário baixar o programa QuickTime antes para ter acesso a transmissão.

O comunicador Bibo Nunes apresenta o talk-show Bibo Nunes Show de segunda a sexta, ao vivo. O programa leva ao telespectador jornalismo, esporte, comportamento e arte.

De segunda a sexta, 22:20. Sábado à 1:00.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Meu pai no CQC:

Pois é...essa me pegou de surpresa, estava eu segunda passada 31 vendo o Danilo Gentil na festa do partido verde e achei meu pai no evento. Justamente no minuto 3:38 deste vídeo sentado ao lado do padre dorminhoco que terminou sendo esntrevistado. Reparem a pessoa ao lado dele de camisa marrom e cabelos grisalhos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Livro "Marketing na era do NEXO":

Atenção Publicitários, estudantes e demais aspirantes a Planejamento!!!



Navegando me deparei com um livro que muito me interessa, amanhã mesmo estarei indo para a livraria comprar este livro, trata-se do livro MARKETING NA ERA DO NEXO dos autores Zé Luiz Tavares e Walter Longo.

O Marketing na Era do Nexo é um livro que oferece meios para fazer com que o novo e superpovoado universo de ferramentas e conceitos de marketing tenha nexo. O leitor será esclarecido sobre como o Nexo é essencial para garantir coerência cognitiva às marcas e segurança no investimento das empresas.

Amanhã mesmo começo a ler para dar minha opinião.

Ronaldo Gasparini é o cara!!!!

Pessoal, para quem não sabe Ronaldo Gasparini é o Vice-presidente de atendimento da W/BRASIL, tive a oportunidade de falar ao telefone com ele uma única vez, isto ocorreu em função de um trabalho meu como atendente em um restaurante do Rio de Janeiro já faz um tempo. Mas essa é outra história, quero compratilhar com vcs uma parte da vida dele, ao me deparar com uma reportágem sobre sua experiência de vida.
Achei muito bacana a trajetória dele e agora divido seu relato com vcs:



Em qualquer carreira, há dois momentos particularmente difíceis. Um é obter o primeiro emprego. O outro é se manter no emprego – qualquer emprego, em qualquer fase da carreira. No caso dos jovens, há empresas que chegam a ser cruéis, com seus anúncios surrealistas de vagas. É o tal do "Primeiro Emprego. Exige-se Experiência". Vencida essa etapa, começa a batalha para não perder o posto. Manuais dizem que, para se manter firme, é preciso se destacar. Disso ninguém duvida. A questão é como fazer isso. Não há fórmulas prontas. Diante disso, uma das melhores saídas é prestar atenção em pessoas que conseguiram conquistar
seu espaço.
Há muitos profissionais que fizeram esse caminho, mas destacamos nesta edição Ronaldo Gasparini, de 49 anos, vice-presidente de operações da W/Brasil, uma das mais importantes agências de publicidade do país. "O título é pomposo, e não traduz o fato de que sou só uma pessoa que ajuda a agência", diz Gasparini. Parece exagero de modéstia, mas não é. Ele tem consciência de que toda carreira é feita de altos e baixos, e que os cargos, transitórios, não podem subir à cabeça. Nascido em São Paulo, filho do vendedor José e da dona de casa Alice, segundo numa linhagem de cinco irmãos, Ronaldo passou a infância no Tatuapé, bairro, à época, de classe média baixa. Começou a trabalhar aos 13 anos por necessidade. Estreou numa loja de calçados, foi bancário e há mais de 25 anos está no mercado publicitário, treze dos quais na W/Brasil. Acompanhe algumas passagens da carreira de Gasparini. Talvez ele, com suas iniciativas certeiras e boas doses de criatividade, possa ajudá-lo a encontrar maneiras de ampliar seu espaço na empresa.

O poder do óbvio

"O que é óbvio para a gente nem sempre é óbvio para os outros. Às vezes, são coisas simples, que estão à vista de todos, que servem de oportunidade para criar seu próprio espaço. Aprendi isso cedo. Aos 13 anos, era o responsável pelo estoque de uma loja de calçados no Tatuapé. Na prática, isso significa que, depois que os clientes experimentavam os sapatos, eu os guardava nas caixas e devolvia ao depósito, no fundo da loja. Naquele tempo, em meados da década de 60, o depósito era uma bagunça. O mesmo calçado podia ser encontrado em vários pontos diferentes. Quando ia buscar um, o vendedor perdia bons minutos olhando caixa por caixa para encontrar o que o cliente queria. Eu vi aquilo e achei que podia melhorar. Aproveitava os momentos em que não fazia nada para organizar o caos. Ordenava, por exemplo, os tênis Conga pela cor do modelo e, em seguida, pela numeração. Depois fazia isso com os sapatos Vulcabras e assim por diante. O dono da sapataria ficou impressionado. Mas, para mim, aquilo era o básico.
O óbvio é poderoso."

Demitido por eficiência

"Seis meses depois, consegui uma vaga de contínuo (o office-boy da época) no então Banco Riachuelo. Trabalhava das 8h00 às 14h00, à noite ia para a escola. Eu entregava cartas nas redondezas. Os outros contínuos iam de ônibus, que dava muita volta para chegar num lugar que não era tão longe. Resolvi ir a pé, correndo, e ainda acabava antes dos outros. Como sobrava tempo, pedia coisas para fazer. Um dia, o seu Heitor, contador da agência da Avenida São Luiz, onde eu trabalhava, perguntou se eu não queria chegar uma hora antes para passar na matriz, que ficava na Rua do Tesouro, e pegar os cheques que tinham sido compensados na noite anterior.
Naquele tempo, os cheques emitidos pelos clientes iam primeiro para o Banco Central, que depois os enviava à matriz de cada banco. Era um bolo enorme. A matriz, então, separava os cheques por agência, somando um por um e conferindo o resultado. Cada agência mandava um representante para pegar seus cheques. As pessoas que faziam isso já tinham cargos legais. Eu era o único bagrinho. Como os cheques iam chegando sem ordem nenhuma, um dia eu tive a idéia de já ir separando – por "popular" (as pessoas físicas de então) ou por "sem limite" (as jurídicas). Em seguida, colocava em ordem alfabética. Embora simples, era um avanço e tanto. Essa minha iniciativa economizava pelo menos uma hora de trabalho do pessoal da São Luiz. Às vezes, quando dava tempo, eu corria para a agência e já ia pegando as pastas de cada cliente, que ficavam naqueles arquivos pesadões de metal, e colocava os respectivos cheques em cima. Isso facilitava ainda mais o trabalho de
meus colegas.
Minha recompensa pelo meu aumento de produtividade foi ser demitido. Minha iniciativa despertou uma crise de ciumeira de um babaca da matriz. Como eu era rápido e terminava antes, ele começou a encrencar com o horário que eu saía para voltar à agência da São Luiz. Na hora que eu estava pegando minhas coisas para ir embora, ele me mandava ajudar o funcionário de uma outra agência. Um dia me neguei a fazer e ele pediu minha cabeça. Foi assustador ser demitido no começo da carreira, com 15 anos. Isso poderia ter uma moral da história mais ou menos assim: busque seu espaço tomando cuidado para não irritar os medíocres com poder. Mas não direi isso. O certo é: deixe os medíocres para lá e faça o que tem de fazer. Você pode arrumar outro emprego e crescer, enquanto o medíocre será sempre medíocre."

Crie suas oportunidades

"Sem correr riscos, você não sai do lugar. Essa lição eu tive aos 20 anos, quando estava no segundo ano da faculdade. Nessa época, arrumei um emprego no departamento de propaganda e promoções do Banco Real. Ajudava o jornalista responsável a fazer um jornal interno. Como tinha bastante tempo livre, ficava fuçando em tudo. Achava o máximo as peças de campanha sendo criadas, as discussões. Fiquei fascinado com aquilo. Comecei a me oferecer para fazer pequenos favores, como esclarecer dúvidas de orçamentos, nas agências com as quais o Real trabalhava à época, a ZPP Zieguelmeier Pimentel e a Alcântara Machado Periscinotto, atual Almap. Aos poucos, fui criando uma relação com eles. Um dia, um amigo da ZPP me disse que havia uma vaga numa agência chamada MAC. Era para trabalhar no tráfego, que faz a ponte entre as várias áreas de uma agência, da criação ao atendimento. Eu aceitei – e enfrentei uma barra pesadíssima na família. Eles diziam que eu devia estar louco por trocar uma carreira num banco sólido por um empreguinho numa agência com 30 funcionários. Mesmo assim, fui em frente. Seis meses depois, quando eu tinha 23 anos, a agência quebrou. Foi uma chuva de “eu-não-disse?”, “quem-mandou-sair-do-banco?”. Pois não me arrependo.”

Entregue mais do que o esperado

"Mesmo com esse baque, decidi que meu negócio era publicidade. Trabalhei em outras agências até que fui parar na Lage, Stabel e Guerreiro, que à época tinha a conta dos tênis Rainha, fabricados pela Alpargatas. Na época, a Rainha era um negócio pequeno, recém-comprado do grupo Saad, que queria entrar num mercado em que brilhavam os artigos da Tiger e da Mizuno. Eu era o supervisor dessa conta e uma das minhas missões era transformar a Rainha numa grande marca. Eu poderia me concentrar apenas nos anúncios mas sempre acreditei que é preciso entregar mais do que esperam de você. Para isso, a melhor tática é o envolvimento. O pessoal da Alpargatas dizia que tinha dificuldade de vender porque os atletas do vôlei, então um esporte em ascensão, não queriam saber de marca nacional. E o que os atletas usam, junto com os atores de novela e os artistas em geral, é que faz a moda para o grande público. Pois lá ia eu falar com os jogadores de vôlei para entender do que eles precisavam. Também costumava ir às convenções da Alpargatas para aprender sobre o comportamento do mercado. Ficava plantado nas lojas conversando com balconistas, pedindo opinião dos clientes. Quando chegava a hora de planejar a campanha, eu tinha um pote de ouro: informações extraídas do mundo real. Como o produto era bom, eram elas que acabavam fazendo a diferença. Notem que eu não reinventei a roda. Foi, de novo, algo simples, básico.
Há uma história curiosa dessa época. A Alpargatas tinha certeza de que fazia um produto bom, mas os atletas diziam que o tênis importado era muito superior. Resolveu então fazer um teste. Convidou duas equipes para jogar – uma com tênis Mizuno e outra com Rainha. Só que, na verdade, os tênis das duas equipes tinham sido produzidos na mesma fábrica, a da Rainha em Mogi Mirim. A única coisa da Mizuno que havia naqueles calçados era o logotipo. Mesmo assim, na votação entre os jogadores feita depois da partida, o Mizuno ganhou disparado.Isso deixou claro que deveríamos trabalhar para melhorar a imagem, e não a qualidade do produto."

Dinheiro não é tudo

"Em 1988, tive um dos maiores desafios da minha carreira. Aceitei ser o diretor-geral de uma agência, a SGB, conhecida por sua excelente relação com o governo do estado de São Paulo. Embora fosse uma empresa rica, o mercado a via como uma agência chapa branca, a serviço da política. Talvez por isso, ninguém parava no cargo de diretor-geral. Mas a proposta era muito boa e decidi arriscar com a condição de que eu pudesse mudar a imagem da agência. Isso ocorreu há muito tempo, numa agência de publicidade que não existe mais, mas o problema de imagem é algo vital e atual para qualquer empresa ou profissional.
Começamos a reforma da agência pela recepção, que parecia uma repartição. Depois, fechamos o escritório do Rio de Janeiro, que era deficitário mas aumentava a imagem de opulência da agência junto ao mercado. Mudamos também o nome, que mais tarde passou a ser Better. Por fim, começamos a pensar em abandonar as contas públicas. Eu argumentava que, num primeiro momento, nós íamos mesmo perder muito dinheiro. Mas era provável que, se fizéssemos isso e criássemos a bandeira de uma agência que incentiva a iniciativa privada, poderíamos ganhar muito mais à frente. O dono concordava comigo, mas era uma decisão muito difícil, que implicava queimar uma montanha de dinheiro. Isso durou até o dia em que eu percebi que eu não chegaria a lugar nenhum desse jeito. Falei para o dono da SGB: “olha, sua agência é lucrativa, vamos deixar tudo como está, é mais fácil e melhor para você. Mas eu não quero mais”. Então pedi demissão, fui embora, abrindo mão de um dinheirão. Achei melhor assim".

Não pare jamais, senão você perde o compasso

"Hoje faz quase 14 anos que estou na W/Brasil. No meu cartão está escrito vice-presidente mas continuo trabalhando do mesmo jeito que antes. Se não agir assim, acho que perco o compasso. Recentemente, tive uma reunião com um grande fabricante de cadernos. Alguns dias antes desse compromisso, conversei com Gabriel, meu filho de 14 anos, sobre o que ele e os amigos tinham na capa dos cadernos. Depois chamei Stephanie, uma das minhas filhas, que tem 10 anos, e perguntei quem estava na capa do caderno dela e se tinha sido ela que tinha comprado. Depois, perguntei o mesmo para minha outra filha, Nicole, de 7 anos. Vi que as duas tinham escolhido algo que estava ligado ao universo em que cada uma vive, com a diferença de que uma pediu para a mãe comprar e a outra pediu dinheiro. Em seguida, perguntei a Stephanie se ela podia ver o que havia na capa do caderno de cada um dos colegas de classe dela. Ela fez um trabalho excelente. No dia da reunião, mostrei a pesquisa dela. O diretor da empresa ficou encantado, pediu uma cópia. Iria usar aquilo como amostragem de tendências. De novo, é algo simples, mas que impressiona. No fundo, todos nós temos de resolver os problemas de nossos clientes – jamais criá-los. Para isso, todo mundo da equipe deve estar preparado. Na W/Brasil, não existe aquele negócio de o telefone tocar e ninguém atender. Nem vale dizer que o fulano já foi embora, fica para amanhã. Quem tira o telefone do gancho tem de fazer o máximo para ajudar quem está do outro lado. Isso vale para o presidente da empresa e também para o estagiário que começou ontem. No caso dele, isso é ainda mais importante, pois, quando você não tem poder, tem de ganhar respeito".

Fonte: http://www.europanet.com.br/site/index.php?cat_id=410&pag_id=10814